um banho quente de tesão e ação de pensamentos absurdos

sábado, janeiro 14, 2006

ODE A UM CORAÇÃO OGRO

Adoro o lençol desarrumado
sobre a cama
Dá uma sensação de sexo tardio
continuada
Alivia um pouco
o sangue opaco sempre anêmico
Engana os nós do braço
Promove laços no tecido imaginário
Acalenta a solidão
adormece-a num berço de marfim
cobre-a de insetos carnivoros
Planta uma fçor de lírio
na cabeça de todos os amantes
Suja de barro venenoso
os pés enormes da moça preta
lhe rega algumas curvas
com sonífero impróprio para o consumo
E acorda
com uma eterna vontade de transar,
sem o uso de adjetivos no sexo
para substantivá-lo na alma
assim cru
alheio de qualquer outro recurso

Um comentário:

Anônimo disse...

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