A única companhia
são os pensamentos.
O resto são homens
a exibir masculinidades ou
indicar algum homossexualismo.
Observo o bar
repleto de solidões conjuntas
a diagramar contínuos perecíveis.
Às vezes, e na maioria delas,
tenho a síndrome do tiozão:
sentada ao lado dos outros
ouvindo conversas íntimas,
discussões políticas e
retrucando com o pensamento.
O trabalho noturno
estimula a volúpia de ser estimulante
imaginante,
mais retórica do que empírica.
Preocupo-me ao gostar
de estar só com a minha cerveja;
isso não deveria ser
algo contemplável a uma garota de
vinte e poucos.
Mas devo ter nascido aos quarenta,
ouvinte e intransigente.
Pedra ilapidável no garimpo.