um banho quente de tesão e ação de pensamentos absurdos

segunda-feira, agosto 03, 2009

redenção uma ressaca do corpo

tudo devo a quem não mais me toca
naquele que em mim não mais coloca
nele que não perdeu a cor
em mim que não sinto mais dor

Não há escolhas quando se fica
Em todos os caminhos
só o chão é a recompensa
de quem já foi camponesa
e parou de rolar na grama do tatame

Se de mim perdi-me
fico e atiço feras e cavuco feridas
só para assustar pessoas desavisadas

Desculpe-me queridos
por ora só a competição me interessa
Adorados sejam os suores desconhecidos e pseudo-desejáveis
para um depois qualquer

Essa é a hora
de meu esboço
estado-lantente de vida
planta de plástico

Pode ser que de repente
queira respirar orvalhos
e compor algum jardim

Por enquanto
permaneço causando pequenas ameaças
deslizando descalça por entre as madeiras das vigas
que sustentam-me essa vida
e arrancando as farpas dos pés inchados