pergunta de natal
_ Alguém já viu um chester vivo, caminhando e ciscando por aí?
_ Você já foi a um enterro de anão?
resposta de natal
_ Se a resposta foi não, eis o motivo: os anões vivem entre nós por um tempo e depois migram para uma ilha desconhecida e passam o resto da eternidade lá, trabalhando para a perdigão numa gigantesca criação de chester.
um banho quente de tesão e ação de pensamentos absurdos
quarta-feira, dezembro 26, 2007
domingo, dezembro 23, 2007
ENCONTROS DE NATL
PARA ALÉM DAS RENDAS
E DOS CROCHES
OS FINAIS DE ANO
RESERVAM
OUTRAS SURPRESAS:
BEBEDEIRAS
E PESSOAS QUE SÓ SE VÊ
UMA VEZ PÓR ANO.
CONCLUI-SE
NUM DETERMINADO PONTO
DA CACHAÇA,
QUE "OS MOMENTOS DE SOLDIDÃO
SÃO INÚTEIS
E O MELHOR É PASSAR ESSE MOMENTOS
COM AMIGOS
PORQUE É MUITO MAIS DIVERTIDO
COMPARTILHAR A SOLIDÃO ACOMPANHADO
DO QUE SÓ"
DE LONGE AS COISAS
SÃO INVISÍVEIS.
é DE PERTO QUE
SE PERCEBE OS TAMPÕES
PARA OS BURACOS VAZIOS DE DENTRO:
OS AMIGOS.
E DOS CROCHES
OS FINAIS DE ANO
RESERVAM
OUTRAS SURPRESAS:
BEBEDEIRAS
E PESSOAS QUE SÓ SE VÊ
UMA VEZ PÓR ANO.
CONCLUI-SE
NUM DETERMINADO PONTO
DA CACHAÇA,
QUE "OS MOMENTOS DE SOLDIDÃO
SÃO INÚTEIS
E O MELHOR É PASSAR ESSE MOMENTOS
COM AMIGOS
PORQUE É MUITO MAIS DIVERTIDO
COMPARTILHAR A SOLIDÃO ACOMPANHADO
DO QUE SÓ"
DE LONGE AS COISAS
SÃO INVISÍVEIS.
é DE PERTO QUE
SE PERCEBE OS TAMPÕES
PARA OS BURACOS VAZIOS DE DENTRO:
OS AMIGOS.
terça-feira, dezembro 18, 2007
DATAS PRÓPRIAS AO SUICÍDIO

Era um encontro de senhoras
preparativos de natal
reunidas em desarcordo
e educação.
Cada uma tinha mais razão que a outra,
as crianças pulavam
navalhas na sala de estar
e atiravam bolinhas de gude
nas pombas de estimação da avó.
Os homens não participam
das decisões
a eles cabe o silêncio
e o salto ornamental
a furar bambolês em chamas.
A língua das madames em
parca ascenção social
destilavam venenos
pelas cortinas velhas
do apartamento financiado.
Por ali ficam ao decorrer das tardes
atando elos de bijus
dando nós em sacos de estopa
contornando-os com laços dourados
e os usando em decorações
para suas mesas de mármore.
Algumas vezes a pauta
focava-se no possível casamento
da mais nova
ou ódios das quase noras
de seus filhões bem-tratados.
Não sei exatamente o que quero
mas sei que tudo isso
embrulha meu estômago
de um jeito que eu quase
procedo suicídio
quando em convívios
de final de ano
e festas de comemoração.
Eca!
quinta-feira, dezembro 13, 2007
anuncío
quarta-feira, dezembro 12, 2007
faixa de retenção
vou devolver seus livros
suas viagens
queimar seu antigo passaporte
desfazer a conta conjunta.
não receberá convite para meu aniversário do
próximo ano
também nem poderia vir.
suas digitais
aindam marcam minhas nádegas
só que não por muito mais tempo.
realizei um desejo grande
e ficaria orgulhoso disso
pode ser até que esteja
mas eu não tenho como saber.
ainda penso que deveria estar aqui
mas tenho me permitido mais
sua ausência.
entretando tal como antes
continuo a te escrever
cenas de novidade e desespero.
tudo o resto está encaixotado
e será transportado
para outra urbe
perto de outra janela
fechado a observar frestas.
Minha janela ainda está
aberta para aterrizagem de sua sombra
de menino voador.
sábado, dezembro 08, 2007
VIAGEM DO CHARUTO CUBANO
Quando a esbórnia tornou-se
generalizada
eu assumi a postura de curupira
de costas para os paradigmas.
De um jeito mais pomba-gira
a querer lambuzar corpos de cachaça quente.
Por entre as pernas
avistei um charuto
com malas cheias de clipes e toalhas
indo para Cuba
a soltar fumaças concretas
molhadas de chuva gelada e acompanhada
carregando um cheiro de menino
confuso, deslumbrado e desconfiado
de tipo perspicaz.
Nos sentamos nos últimos lugares
do trem
eram de lá nossas reservas
em bancos do tamanho da vontade
de protagonizarmos em grito.
generalizada
eu assumi a postura de curupira
de costas para os paradigmas.
De um jeito mais pomba-gira
a querer lambuzar corpos de cachaça quente.
Por entre as pernas
avistei um charuto
com malas cheias de clipes e toalhas
indo para Cuba
a soltar fumaças concretas
molhadas de chuva gelada e acompanhada
carregando um cheiro de menino
confuso, deslumbrado e desconfiado
de tipo perspicaz.
Nos sentamos nos últimos lugares
do trem
eram de lá nossas reservas
em bancos do tamanho da vontade
de protagonizarmos em grito.
IMPRESSÕES DE SÃO CARLOS
A COISA FOI DADA NOS SEGUINTES TERMOS:
UMA ENTREVISTA
UMA TÁVOLA PSEUDO-REDONDA
QUE POR FIM
ASSUMIU A BRONCA
TOPOU A CONQUISTA.
ESTOU NO ROL DOS
NOVOS MANDAMENTOS,
TORCENDO PELO RESULTADO
PELO PENALTI CHUTADO
UM FRANGO INFINCADO
NA TRAZEIRA DOS IMPEDIMENTOS.
AQUI NÃO TEM BANDEIRINHA
E SEREI ARTILHEIRA
DESSA ZORRA TODA.
UMA ENTREVISTA
UMA TÁVOLA PSEUDO-REDONDA
QUE POR FIM
ASSUMIU A BRONCA
TOPOU A CONQUISTA.
ESTOU NO ROL DOS
NOVOS MANDAMENTOS,
TORCENDO PELO RESULTADO
PELO PENALTI CHUTADO
UM FRANGO INFINCADO
NA TRAZEIRA DOS IMPEDIMENTOS.
AQUI NÃO TEM BANDEIRINHA
E SEREI ARTILHEIRA
DESSA ZORRA TODA.
sexta-feira, novembro 23, 2007
Enfim acho que vou abrir a genda e ver o que saiu da minha cabeça no pior dia da minha vida. Nunca mais vou parar de chorar, mesmo tendo perseverado ou não. Minha cabeça não está nada bem e tento me divertir para esquecer que será impossivel. Nada é como antes e isso nunca tinha doído tanto. Aquele colo e cheiro e o buraquinho no peito que eu enchia e fazia uma pocinha com cuspe não existem mais. Mas tudo parece ter sido há muito tempo, já séculos de que tudo aconteceu. Um telefonema que disse : Acorda menina o cara já era, ele morreu. Logo ele o mais improvavel, o mais feliz, o que mais acreditava que tudo sempre acabaria bem, o que dizia que entre nós, e isso inclui a Luzes, tinha algo de mágico. Éranos uma trilogia rouca para o infinito. E ele sempre a repir canços erradas e rir: "Abra esta porta.. para te dar." Ele não se importava com praticamente nada. No inverno são sopas em pães italianos. Acima de tudo nos sentíamos amadas, protegidas pelos tipo mais simbiótico do universo e deitávamos juntos no sofá cama que certa vez arrestei para o meio da rua. Fico assim paralizada de frente com o dia com a noite e só queria um tequinho daquela sensação de invensibilidade e certeza. Todos nós ficaremos juntos até quando formos bem velhinhos e contaremos histórias para nossos netos. "Puta merda morena onde é que voce tá? Perto da onde? Perái caralho vou aí te buscar. Você é foda mesmo!" "Deixa de ser louca Thá, para de derrubar o bar, eu nunca tive nada com a Taciane. Ela só veio me mostrar seu pircing novo." Esse cara era foda assim, de uma fodeção autêntica, dolorida e inesquecível. Mas acho que se eu for mexer nos meus arquivos mortos agora não consiguirei evitar o suicídio. E não me interessa morre e não te encontar e como não acredito em nada disso permaneço nesta sobrevivência parca e sem sentido. Nada será como antes para o trio desbravador noturno.
ARAÇATUBA EM EVIDÊNCIA
Do lado de cá do muro
não há amigos
Do lado de cá do muro
o sol é sempre mais forte
e derrete todo o tipo de inteligência ou resquício disso
Do lado de cá do muro
as músicas são piores
que as do Demo Sul no noroeste paranaense
Do lado de cá do muro
nem silêncio nem tremor
Do lado de cá do muro
os brechós são péssimos
lojas são bregas e caras
Do lado de cá do muro
os cigarros são constantes e
o câncer certeiro
Do lado de cá do muro
as pombas são mais gordas e carnívoras
os vegetais estão mortos
as plantações são latinfundíos canavieiros
Do lado de cá do muro
não há transporte público
que compense qualquer menção
e ninguém se importa
Do lado de cá do muro
não se tem o que dizer
com raras excessões
e os bares são mónólogos curtos.
não há amigos
Do lado de cá do muro
o sol é sempre mais forte
e derrete todo o tipo de inteligência ou resquício disso
Do lado de cá do muro
as músicas são piores
que as do Demo Sul no noroeste paranaense
Do lado de cá do muro
nem silêncio nem tremor
Do lado de cá do muro
os brechós são péssimos
lojas são bregas e caras
Do lado de cá do muro
os cigarros são constantes e
o câncer certeiro
Do lado de cá do muro
as pombas são mais gordas e carnívoras
os vegetais estão mortos
as plantações são latinfundíos canavieiros
Do lado de cá do muro
não há transporte público
que compense qualquer menção
e ninguém se importa
Do lado de cá do muro
não se tem o que dizer
com raras excessões
e os bares são mónólogos curtos.
terça-feira, novembro 20, 2007
segunda-feira, novembro 19, 2007

É COMO DISSE A SABRINA LÁ DO SERTÃO PARANAENSE:
" eu trabalho sentada, mas sentada é quase estar de pé;
a posição horizontal não admite aproximações, é autêntica."
REFLEXÕES DO FERIADÃO
ÊTA LONDER... INA
Chego antes do choro
Depois do gozo e durante o espasmo.
Atrás do bosque
algum tiro nos espera.
SOMOS TODOS
alvos de sementes.
Arregaço o peito
brindo à nostalgia.
Muito bom
isso de rever amizades
apertar os sentimentos da galera
no mesmo inferninho
DE SEMPRE
Uma das éspecies
pós juvenis de tipo
sapo-boi
Arremessa-se
para além dos semáforos
nunca é atingida
continua sobrevivendo por aí
A maioria de nós ainda vive
resistimos calibrando rifles
atirando em pombos
desmontando apatias
e as reconstruindo conforme nossa preferência.
Injetamos inas
por todos os orifícios
da urbe viciada
Rimos da sinfonia desafinada,
Destilamos o veneno ácido
daquele humor abandonado
e passeamos a embolorar festinhas.
Alguns outros dos nossos
abandonaram o posto
atearam fogo nas toalhas.
Foram ser gouches aqui
nos infinitos das memórias
de nós, que restamos.
sábado, novembro 10, 2007
sexta-feira, novembro 09, 2007
SOCIEDADE
ÀS VEZES SINTO
COMO SE ESTIVESSE
NUMA SALA DE ISOLAMENTO ACÚSTICO
A GRITAR PARA UMA
PLATÉIA DE SURDOS
QUE MESMO NÃO ESCUTANDO
A FREQÜENCIA DOS MEUS ENTOADOS
DE DESESPERO E DOR
PERCEBESSEM A AGRESSIVIDADE
DOS CONTORNOS LABIAIS
E NÃO FIZESSEM ABSOLUTAMENTE
NADA.
COMO SE ESTIVESSE
NUMA SALA DE ISOLAMENTO ACÚSTICO
A GRITAR PARA UMA
PLATÉIA DE SURDOS
QUE MESMO NÃO ESCUTANDO
A FREQÜENCIA DOS MEUS ENTOADOS
DE DESESPERO E DOR
PERCEBESSEM A AGRESSIVIDADE
DOS CONTORNOS LABIAIS
E NÃO FIZESSEM ABSOLUTAMENTE
NADA.
quarta-feira, novembro 07, 2007
APETITE GASTRONÒMICO
Até definiria seu corpo
se preciso fosse.
A idéia geral
torna-se mais palatável quando
imagino
contornando-te com a língua
te bezuntando alcoólico
com minha tinta em óleo.
Queria mesmo é
lamber teu suor de ressaca
cafungar tua pélvis
e te regar de cachaça,
num cotidiano vicioso
de pau e graça.
CARRAPATAS E PARLAPATOS

A Última Ceia
SENTADOS
É assim que o mesmo covil
de homens permanecem ali
Estatuetas pagãs das próprias sombras
Ecos mongóis das próprias falas
Fãs incondiscionais de seus lentos
extravios etílicos
a banalizar bobagens
e emparedar esposas.
Em volta de seus corpos colossais
vaginas polemizam conversas
introduzem alergias
informam estatísticas sobre
os aracnídeos em suas poses fotográficas.
Não existe diálogo
nem nunca existiu.
Eles atônitos a admirar
paisagens anais feministas.
Elas visionárias a planejar
casamentos e criar cachorros adotivos.
sexta-feira, novembro 02, 2007
Finado dia de morte
Hoje um brinde
ao teu velório
ao teu defunto
às velas derretidas
sobre tua cabeça.
Estamos aqui
para te lembrar
fazer-te uma referência
aplaudir tua cara amassada
implorar teus autógrafos.
Revivo aquela morte
sem testemunhas
Penso no placebo
das palvras do padre
no dia do teu não.
Recuso-me a despedir da sua vida
E na minha ainda reina soberano
implácito e despido.
ENTRE LAÇOS DO PALHAÇO

ENQUANTO ELE MORRE
EU ADQUIRO ANOS
PERCO MEDIDAS
QUEBRO PRATOS
MOVIMENTO BASTÕES
ACENDO UM CIGARRO, DOIS
LAMBO TIGELA
MELECO DEDOS
ATRAPALHO NOVENAS
PENDURO CHUTEIRAS
INCENDEIO FOLHETOS MISSIONÁRIOS
CONFUNDO TERÇOS
REPITOS CARDÁPIOS
TRADUZO TEXTOS PARA PROVAS
RABISCO FÓSFOROS NO CÉU
ANDO DE CARONA
NAS MOTOCICLETAS E NOS COMETAS
APALPO LEMBRANÇAS
TODO DIA TEM PALHAÇO NO MEU CARDÁPIO.
sexta-feira, outubro 19, 2007
ASSIM SEJA A VOSSA VONTADE
terça-feira, outubro 16, 2007
HORA DO ALMOÇO
1:30 nunca fora tão tarde
olho pelo retrovisor
alguns amigos
perdas de personagens
um circo escola
um subemprego suburbano
uma tentativa acadêmica
aqui neste interior de nada
uma placa que indica
FAMÍLIA
ane-a ou deixe-a
não mais a amores
e nehuma esperança de tê-los
certos dias
faço fita
noutros desconstruo laços
acendo um cigarro
e espero uma cerva de cortesia
não há mais garçon
nem bar pra passear
minhas aflições
olho pro corredor
nenhum anti-séptico
fico afoita
por um ban-aid colorido
de duração integral.
olho pelo retrovisor
alguns amigos
perdas de personagens
um circo escola
um subemprego suburbano
uma tentativa acadêmica
aqui neste interior de nada
uma placa que indica
FAMÍLIA
ane-a ou deixe-a
não mais a amores
e nehuma esperança de tê-los
certos dias
faço fita
noutros desconstruo laços
acendo um cigarro
e espero uma cerva de cortesia
não há mais garçon
nem bar pra passear
minhas aflições
olho pro corredor
nenhum anti-séptico
fico afoita
por um ban-aid colorido
de duração integral.
aquário
Etilizados estamos
neste agora de sempre
para que continuemos
assim
quando os peixes
forem assados
sem que percebamos
suas dores de
morrer no ar.
terça-feira, outubro 09, 2007
ANTI-INSPIRAÇÃO BORTOLOVISQUIANA
o antropólogo é o voyeur do mundo
Permaneço assim
a observar pela fresta obscura
da janela deste presídio,
oculta das mentes outras.
As pessoas nas casas
comemoram vitórias de futebol
lamentam derrotas pessoais
libertam rojões
explulsam fogos de artifício
movimentam corpos
abrem caminhos e covas
edificam lugares
alimentam a indústria do cimento
educam filhos
tornam-se mães, irmãs, tias.
Resigno-me a morbidez
de minha parca existência.
Prevaleço na ausência
no anonomato desta visão
desregular-míope-astigmática;
fico por aí
vendo sem ser vista
sem ser quista pelo grupo pelo todo
conversando alheiamentos
em monólogos eternizados
pelo não passar do tempo.
a observar pela fresta obscura
da janela deste presídio,
oculta das mentes outras.
As pessoas nas casas
comemoram vitórias de futebol
lamentam derrotas pessoais
libertam rojões
explulsam fogos de artifício
movimentam corpos
abrem caminhos e covas
edificam lugares
alimentam a indústria do cimento
educam filhos
tornam-se mães, irmãs, tias.
Resigno-me a morbidez
de minha parca existência.
Prevaleço na ausência
no anonomato desta visão
desregular-míope-astigmática;
fico por aí
vendo sem ser vista
sem ser quista pelo grupo pelo todo
conversando alheiamentos
em monólogos eternizados
pelo não passar do tempo.
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