
A Última Ceia
SENTADOS
É assim que o mesmo covil
de homens permanecem ali
Estatuetas pagãs das próprias sombras
Ecos mongóis das próprias falas
Fãs incondiscionais de seus lentos
extravios etílicos
a banalizar bobagens
e emparedar esposas.
Em volta de seus corpos colossais
vaginas polemizam conversas
introduzem alergias
informam estatísticas sobre
os aracnídeos em suas poses fotográficas.
Não existe diálogo
nem nunca existiu.
Eles atônitos a admirar
paisagens anais feministas.
Elas visionárias a planejar
casamentos e criar cachorros adotivos.
2 comentários:
Receber um elogio, em forma de poema, da terra de poetas tão célebres é uma honra. Volte mais vezes.
Comprei um cachorro...
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