um banho quente de tesão e ação de pensamentos absurdos

quarta-feira, novembro 07, 2007

CARRAPATAS E PARLAPATOS

by Emil Nolde (1867- 1956)
A Última Ceia


SENTADOS

É assim que o mesmo covil

de homens permanecem ali

Estatuetas pagãs das próprias sombras

Ecos mongóis das próprias falas

Fãs incondiscionais de seus lentos

extravios etílicos

a banalizar bobagens

e emparedar esposas.

Em volta de seus corpos colossais

vaginas polemizam conversas

introduzem alergias

informam estatísticas sobre

os aracnídeos em suas poses fotográficas.

Não existe diálogo

nem nunca existiu.


Eles atônitos a admirar

paisagens anais feministas.

Elas visionárias a planejar

casamentos e criar cachorros adotivos.

2 comentários:

Unknown disse...

Receber um elogio, em forma de poema, da terra de poetas tão célebres é uma honra. Volte mais vezes.

CACILDA disse...

Comprei um cachorro...