Ganhei seu
guarda-chuva
quando nos encontramos
a gente faz chover
no sertão
desses dias urbanos
te trago águas para banho
me vejo
a lamber tuas enchurradas
ensopar teu colo
desmembrar concretos
umidecer teus sonhos
secretos e vertiginosos
espero pelo dia
em que te cause delirius tremens
o que importa
é torcer roupas
no sol desse quintal
inabitado
Não darei nomes a sentimentos
Não direi sobre sensações dessa chuva
que me traz sua presença
Poderia contar versos
e te enumerar neles
mas te dissolvo em mim
e caminho molhando
sua imagem presa na retina
do castanho espelho no meu rosto
Qualquer dia
me enrolo na sua toalha.
um banho quente de tesão e ação de pensamentos absurdos
sexta-feira, abril 04, 2008
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Um comentário:
e nem precisa nomear nada.
está aí, cru e bonito!
Um bj, Thais.
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