um banho quente de tesão e ação de pensamentos absurdos

sexta-feira, junho 27, 2008

de pai para mim

Ah! Que bom seria se eu fosse mágico!
Que bom seria se eu determinasse meu destino e meu falar realizasse prodígios!
Eu diria:
- Thais! Venha. Esteja aqui, agora.
E eis que tu serias transportada por um portal e surgiria à minha frente.
Mas, se eu pude te transportar pelo espaço-tempo o que não poderia eu?
Poderia até fazer-te feliz!
Poderia até dizer: Thaís, seja feliz!
E Thaís seria feliz. Para sempre feliz, como as puras donzelas dos contos infantis.
Larga tudo aí e venha ver-nos, mesmo que um pouquinho!
Mande às favas eruditos empertigados e chucros.
Mande às favas esses narcisos embriagados do próprio leite.
E venha para casa.
Mesmo que só um pouquinho!
Amo você.
Amo você.
E faz tempo, hein, que te amo, quase muito tempo mesmo.
Mais de um quarto de século é o tempo de mau amor.
Puxa, estamos a envelhecer!
Quem diria?
Parece bastante tempo,
mas o que é o tempo senão uma idéia conceitual demasiada humana. É um conceito, nada mais.
E se se trata de um conceito, têm-se tão só uma abstração, uma representação dum objeto pelo pensamento, uma idéia, uma opinião, uma sugestão, um preconceito, um achar subjetivo que ganhou ares de universalidade.
O tempo é então o meu pensar e avaliar matematicamente a dimensão e o status resultante do movimento de rotação e translação da Terra descrevendo uma elipse alongada.
- Que sei eu? Diria Montaigne.

Tchau! Fale comigo.

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