perdi os traços
que pontuavam
o limite da solidão
e agora é tudo
o que habita
meu solo
canibal dos sentidos
farta de reprovações
invento um outro retrato
e nem por isso
me satisfaço
o balcão tem estado amplo
bebo a intensidade de se estar só
em plena alteridade
o materialismo nunca me convenceu
e a ausência é
o único topo dessas profundezas
aquelas pernas de paus
não me servem mais
desço dos degraus
sem me resignar dos equívocos
porque são
tudo o que eu tenho.
um banho quente de tesão e ação de pensamentos absurdos
domingo, maio 04, 2008
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Um comentário:
faltas e erros nos provocam
e é assim que corremos sem medo.
por mais que doa.
um bj, thais.
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