não sei de mim
não sei de você
não sei de ninguém.
o que digo são
palavras cruas
calcificadas de carne e sal.
o que penso são
alucinações profanas
servidas com espagueti à bolonhesa
sob o mármore da mesa de jantar.
o que quero é não querer nada
nada ter que sofrer nada ter que amar
não quero me compadecer.
quero o aço quente
entrando na garganta
e esculpindo as lágrimas futuras,
e deveras esquecidas
pelo isolamento
cáustico da caverna tua
de solidão e ausências.
pra mim,
os teus farelos de gente
e uma dose
morna de sangue venoso
das tubulações apodrecidas dos dias.
um banho quente de tesão e ação de pensamentos absurdos
domingo, novembro 13, 2005
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3 comentários:
ratos ferrugem restos e o perfume que não se importa
o plástico não reciclável
do nosso amor
entupindo as tubulações da cidade
qq foi o poema bêbado q te escrevi, heim mulher?! nem lembro, eu estava numa espécie de transe alcoólico, deve ter ficado um maravilha!!! beijo
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